1 de fevereiro - 5ª feira da 4ª Semana do Tempo Comum
Leia: Mc 6, 7-13 - “…Jesus chamou os doze Apóstolos e começou a enviá-los dois a dois.”
Já, no primeiro livro da Bíblia, Deus afirmou solenemente que “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2, 18). Jesus foi muito claro a esse respeito, pois quando envia os seus discípulos, fê-lo sempre, aos pares. O cristão não é um ser “solitário”, pois o caminho faz-se sempre com outros, com quem se possa partilhar as dificuldades e as alegrias quotidianas. Viver, lado a lado, pode acarretar choques, uns com os outros, mas só assim aprenderemos a amar-nos e a testemunhar a Boa Nova de Jesus Cristo, através da nossa vida.
Jesus,
ajuda-me a saber viver e conviver com os outros,
nunca deixando de ser paciente, tolerante,
compassivo e amável.
31 de janeiro - São João Bosco
Leia: Mc 6, 1-6 - “Um profeta só é desprezado na sua terra, entre os seus parentes e em sua casa.”
Temos tendência a subestimar a nossa capacidade de colocar obstáculos à passagem do Senhor pela nossa vida. Por muito que O confessemos como “Todo Poderoso”, Ele está determinado a não entrar na nossa história, se não deixarmos a porta entreaberta, para Ele passar. Tal como os habitantes de Nazaré, também nós podemos impedir Jesus de fazer milagres na nossa vida.
Jesus,
ajuda-nos a estar atentos à Tua passagem,
e a ter sempre a confiança
de que Tu transformas a nossa vida.
30 de janeiro - 3ª feira da 4ª Semana do Tempo Comum
Leia: Mc 5, 21-43 - “Menina, Eu te ordeno: levanta-te!”
Mais cedo ou mais tarde, todos nós nos sentimos prostrados, sem vida por dentro e com as pessoas, que nos rodeiam, a darem-nos como perdidos. Todos nós já nos identificamos, alguma vez, com a filha de Jairo, de quem Jesus diz que estava apenas a dormir. É, nessa altura, que devemos dar a mão a Jesus e escutar a sua palavra, com o coração: “Eu te ordeno, levanta-te”. Isso ergue-nos da prostração e anima-nos por dentro.
Jesus,
dá-me a coragem de Te procurar
quando me sentir “em baixo”,
e a capacidade de Te dar a mão, sem hesitar.
29 de janeiro - 2ª feira da 4ª Semana do Tempo Comum
Leia: Mc 5, 1-20 - “Vai para casa, para junto dos teus, conta-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti…”
A maneira como o Evangelho descreve a situação deste endemoninhado é deveras impressionante. São muitos os pormenores que nos permitem intuir o profundo sofrimento desta criatura, que permanece ferida, e que, mantendo-se viva, habita no território dos mortos. Talvez o mais singular seja a reação dos aldeões locais que, ao verem o endemoninhado no seu perfeito juízo, em vez de partilharem o júbilo de quem se viu resgatado da miséria, solicitam a quem o libertou dessa infame e desumana situação, que se afaste da terra que recebeu tal bênção.
Peçamos ao Senhor
que nos conceda habitar
em espaços saudáveis e verdejantes,
sob as Suas asas de proteção.
28 de janeiro - 4º Domingo do Tempo Comum
Leia: Mc 1, 21-28 - “Ele ensinava-os com autoridade!”
É difícil precisar o conceito de autoridade e a razão por que a atribuímos a umas pessoas, e não a outras. Não constitui uma realidade objetiva e evidente para todos, mas assenta na perceção de que as palavras e a vida de alguém possuem um ‘peso’ e uma ressonância, que não são os habituais. Não há critérios para a medir, mas a forma como Jesus Cristo se posiciona perante o mal e aquilo que impede as pessoas de serem e viverem como são chamadas a ser e a viver, gerou consciência de “autoridade plena”, naqueles que ali se encontravam e O escutavam. Esforcemo-nos por palmilhar o caminho de Jesus e pautar a nossa vida por Aquele que é o nosso modelo.
Sem a vossa presença, Senhor,
os espíritos malignos atordoam-me
e fazem-me cair.
Mas, convosco a meu lado,
regressa a esperança e a felicidade.
27 de janeiro - sábado da 3ª Semana do Tempo Comum
Leia: Mc 4, 35-41 - “Ainda não tendes fé?”
A vida de Jesus decorre, ao redor do mar da Galileia. Este lago converte-se no eixo central da sua pregação e, uma vez que muitos dos seus discípulos eram pescadores, transforma-se num espaço familiar, para todos. Apesar disso, Jesus encoraja-os a passarem para a outra margem, a abandonarem o local onde se sentem confortáveis e a buscarem o desconhecido. Igual convite nos é dirigido, hoje: ultrapassemos as fronteiras conhecidas, aproximemo-nos daqueles com quem não estamos habituados a conviver, e lancemo-nos, com o Mestre, na aventura de novas experiências!
Jesus,
que eu não peca a fé
e ela me leve a ir mais além da minha zona de conforto.
26 de janeiro - Santos Timóteo e Tito
Leia: Lc 10, 1-9 - “Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara.”
Vivemos num tipo de vida acelerado, com agendas cheias e dias repletos de atividades. Esta azáfama é também observada por aqueles que procuram seguir Jesus Cristo, porque a nossa responsabilidade impele-nos a tentar fazer tudo para O tornar conhecido e amado. O problema é que, na prática, esta inquietação pode levar-nos a pensar que a nossa atividade é indispensável para que a Palavra de Deus dê fruto. É bom que nos recordemos que o nosso esforço se limita a fazer o possível para semear, mas que, depois, se torna inútil qualquer preocupação. Quer se durma ou se vigie, nada se pode fazer para controlar a evolução da semente, que continua a depender da bondade e generosidade do Senhor.
Senhor,
ajuda-me a não me cansar de semear a Tua Palavra,
e depois não me inquietar com o fruto,
apenas confie em Ti.
25 de janeiro - Conversão de S. Paulo
Leia: Mc 16, 15-18 - “Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura.”
As grandes mudanças na nossa vida nem sempre se operam, de forma automática ou marcante. Por vezes, constituem pequenas chamadas de atenção, que, em determinado momento, nos possibilitam dar a volta aos acontecimentos. Foi o que aconteceu com Paulo, cuja conversão recordamos hoje. Ele, que por zelo religioso perseguia aqueles que não viviam, como ele, a sua fé, apercebeu-se de que andava a perseguir o próprio Senhor, e sentiu-se chamado a anunciar Jesus Cristo a todos, no universo inteiro. Deu-se conta que Deus era capaz de virar, de cabeça para baixo, os nossos critérios, mesmo que os julgássemos inamovíveis.
Jesus,
dá-me a coragem e a força para, como Paulo,
ser capaz de Te seguir e anunciar sem medo.
24 de janeiro - São Francisco de Sales, Bispo e Doutor da Igreja
Leia: Mc 4, 1-20 - “E os que receberam a palavra em boa terra são aqueles que ouvem a palavra, a aceitam e frutificam…”
Caímos, por vezes, no erro de pensar que, para os discípulos, era extremamente fácil acreditar em Jesus e segui-l’O. A atual passagem do Evangelho demonstra, porém, que não é bem assim. Eles não entendem o teor desta parábola e, por isso, recorrem à assistência e sabedoria do Mestre. Este explica-a detalhadamente, pois ela constitui a chave de interpretação de tudo o mais, uma vez que ilustra a forma como a Palavra deve ser recebida: como a terra boa, que acolhe e permite que a semente germine e produza fruto, mais ou menos abundante. O importante é gerar vida.
Reflitamos na forma como recebemos as sementes do Evangelho,
que o Senhor deposita em nós, todos os dias,
para que forneçam vida, que nos cabe, depois,
estimular e difundir.
23 de janeiro - 3ª feira da 3ª Semana do Tempo Comum
Leia: Mc 3, 31-35 - “Quem fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, minha irmã e minha Mãe.”
Há quem diga que os amigos são a família de eleição, por oposição à família que nos foi dada, à nascença. Jesus afirma algo de semelhante, neste Evangelho. A sua mãe e os seus irmãos chamam-n’O, do exterior, sem nunca ingressarem no local onde os seus seguidores se encontravam reunidos, como se os laços genéticos fossem mais fortes do que os estabelecidos pelo desejo de levar a cabo, juntos, o sonhos de Deus.
Dá-me, Senhor, a coragem e a vontade
de fazer parte da “família eleita” de discípulos,
unidos na obediência à vontade de Deus.
22 de janeiro - 2ª feira da 3ª Semana do Tempo Comum
Leia: Mc 3, 22-30 - “…mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão.”
Acreditamos num Deus que é Misericórdia, ou seja, que se define pela capacidade infinita de acolher, no seu coração, as nossas misérias. Não é de estranhar que esta afirmação de Jesus nos faça ranger por dentro. Não existem ações que escapem a este compromisso divino de nos conceder o seu perdão, mas existem certamente atos que nos tornam incapazes de o aceitar verdadeiramente.
Peçamos por nós próprios,
para nos mantermos abertos ao Espírito Santo,
e não O confundirmos com um espírito maligno,
como fizeram os doutores da lei,
a fim de podermos também nós
receber o perdão, que d’Ele provém.
21 de janeiro - 3º Domingo do Tempo Comum
Leia: Mc 1, 14-20 - “Vinde comigo, e farei de vós pescadores de homens.”
Quando os Evangelhos nos falam da vocação dos primeiros discípulos, é impressionante a rapidez de reação, que eles manifestam. Os evangelistas, ao relatarem a história deste modo, pretendem sublinhar a autoridade absoluta de Jesus Cristo e a profunda atração que suscita neles. No entanto, a experiência mostra que o chamamento para seguir o Senhor, que todos acolhemos no dia do batismo, não revela geralmente efeitos tão imediatos. A resposta é dada ao longo da nossa vida e em jeito de processo, porque Deus respeita sempre o nosso ritmo, que não se evidencia tão linear como gostaríamos. O mais importante é perguntar-nos, hoje: Como posso responder, aqui e agora, ao chamamento que o Senhor me lança?
Ajudai-me, Senhor,
a cumprir a vossa vontade.
Que eu não utilize outras redes,
mas trabalhe tão-somente
na faina do vosso Reino.