20 de janeiro - sábado da 2ª Semana do Tempo Comum

20-01-2024 :: ::

download1311Leia: Mc 3, 20-21 - “E de novo acorreu tanta gente…”

Vivemos numa época de pressas e de precipitações. As agendas pessoais estão, muitas vezes, sobrecarregadas e, com demasiada frequência, atender ao que é urgente obriga-nos a colocar de lado o que é realmente importante. Jesus Cristo, neste texto evangélico, parece também viver com frenesim, e manifesta-Se tão ocupado que nem sequer dispõe de tempo para se alimentar. A grande diferença é que Ele respeita e mantém sempre bem definidas as prioridades. As pessoas concretas e as suas necessidades ocupam o lugar cimeiro do seu trabalho, a ponto de nem sequer a sua família entender tal opção.

Jesus,

ajuda-me, em cada dia,

a saber a quem devo conceder prioridade.

19 de janeiro - 6ª feira da 2ª Semana do Tempo Comum

18-01-2024 :: ::

download1310Leia: Mc 3, 13-19 - “Escolheu doze, para andarem com Ele e para os enviar a pregar…”

As nossas escolhas nem sempre são o resultado de uma visão racional e minuciosa, alicerçada em prós e contras. Decidimos, muitas vezes, com base num palpite interior, que nos leva a optar por algo, ou alguém. A forma como Jesus escolhe o círculo íntimo dos seus apóstolos nem sempre parece basear-se em critérios muito lógicos. Como acontece no que toca às coisas de Deus, não entendemos, amiúde, porque selecionou Ele estas pessoas, e não outras mais qualificadas, que certamente as havia. O evangelista refere-nos que ele lançou o apelo “àqueles que Lhe pareciam idóneos”, porque o amor não se apoia em argumentos.

Jesus,

ajuda-nos a seguir o Teu exemplo,

para que, quando se trata de ficarmos próximos dos outros,

sigamos também a intuição do coração.

18 de janeiro - 5ª feira da 2ª Semana do Tempo Comum

17-01-2024 :: ::

download1309Leia: Mc 3, 7-12 - “Tu és o Filho de Deus.”

Nalgum momento da nossa vida, talvez durante a adolescência, experimentámos provavelmente uma admiração parecida, por um artista, ou por uma figura pública, que nos deixou deveras entusiasmados, pelo facto de estar perto de nós. Este texto evangélico parece reproduzir uma similar reação, por parte da multidão, que pressiona Jesus. Como na euforia dos admiradores, também aqui se descobre que o benefício do contato é mais sedutor do que a pessoa de Jesus. Afinal, quando procuramos o Senhor, andamos à busca de quê?

Jesus,

que a minha procura por Ti,

seja sempre pelo que Tu és,

o meu salvador e protetor.

17 de janeiro - 4ª feira da 2ª Semana do Tempo Comum

16-01-2024 :: ::

download1308Leia: Mc 3, 1-6 - “Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?”

Não parece estranho que identifiquemos a bondade com o facto de nunca nos zangarmos; e é por isso que temos tanta dificuldade em aceitar este texto evangélico, em que nos é dito que Jesus olhou para os fariseus, com indignação e tristeza. Não se trata apenas de O terem representado tão doce que parece até nem condizer com as atitudes humanas; mas Jesus afirma e sublinha o papel que a indignação pode desempenhar na nossa existência. Ela permite, em determinadas situações, afirmar-nos e proteger os outros. Jesus de Nazaré está irritado com o silêncio cúmplice dos presentes, que não se colocam do lado da vida e se calam, quando tinham uma oportunidade para cuidarem e defenderem a felicidade de quem necessitava de apoio.

Jesus,

ajuda-me a prestar mais atenção à minha cólera

para discernir se os motivos que a provocam

têm a ver, ou não, com o reino de Deus.

16 de janeiro - 3ª feira da 2ª Semana do Tempo Comum

15-01-2024 :: ::

marcos-223-28-1Leia: Mc 2, 23-28 - “… o Filho do homem é também Senhor do sábado.”

Nada se transforma ou se pode manter como regra, se não for apoiado e assente numa razão de ser. O problema é quando uma lei perde de vista o que a justifica e lhe dá sentido. Foi o que aconteceu com o descanso sabático, que visava reservar e proteger algum tempo semanal, para ser dedicado àquilo que era importante e humanizava a existência humana, mas que se foi transformando numa finalidade, em si mesma. Todos observamos regras ou costumes, que pretendem servir de instrumentos de proteção a algo que consideramos valioso, mas que se pode converter numa prioridade, que não tem justificação. Daí surge a interrogação: em nome de que pretenso “sábado”, posso eu negligenciar compromissos, que são verdadeiramente importantes?

Senhor,

dá-me o discernimento e a sabedoria

para saber o que é importante

e não posso negligenciar.

15 de janeiro - 2ª feira da 2ª Semana do Tempo Comum

14-01-2024 :: ::

download1307Leia: Mc 2, 18-22 - “Podem os companheiros do noivo jejuar, enquanto o noivo está com eles?”

Não há mensagem mais eloquente do que aquela que proclamamos sem palavras, e através da nossa existência, pois a vida não traduz, muitas vezes, o que veiculámos com a nossa boca. Isso leva a que, frequentemente, muitas pessoas, que observam o nosso comportamento, pensem que seguir Jesus se assemelha mais a um funeral do que a um casamento. Por mais que sobrevenham situações complexas e circunstâncias que nos entristeçam, continuamos sempre habitados e movidos pela certeza de que Deus nos ama.

Hoje, e diariamente,

eu tenho de saber entranhar e saborear a boa notícia

de que Deus é bondoso para comigo,

me trata como a menina dos seus olhos

e em tudo me apoia, de forma incondicional.

Ajuda-me, Jesus!

14 de janeiro - 2º Domingo do Tempo Comum

14-01-2024 :: ::

6a0120a55c7f72970c01b7c944bb84970bLeia: Jo 1, 35-42 - “Eis o Cordeiro de Deus.”

Não podemos conhecer Jesus, sem a ajuda dos outros. O nosso encontro com Ele não seria possível, sem a colaboração e o testemunho daqueles que, ao longo dos tempos, nos precederam e connosco partilharam a sua experiência. Esta dinâmica refletiu-se na passagem do evangelho que acabamos de ler.: as palavras do Precursor despertam a curiosidade e a inquietação de dois seguidores seus, e o testemunho de um deles, André, levou Simão a descobrir o Senhor. Tu e eu fazemos parte dessa imensa cadeia de testemunhas, que podem revelar, com ou sem palavras, quem é Jesus Cristo para nós. Desta forma, qualquer pessoa pode andar à procura de Cristo e deixar-se encontrar por Ele.

Obrigado, Senhor,

por me terdes encontrado.

Ajudai-me a acender nos outros

a chama do vosso amor.

13 de janeiro - sábado da 1ª Semana do Tempo Comum

12-01-2024 :: ::

download1305Leia: Mc 2, 13-17 - “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.”

Os laços sociais constroem-se e reforçam-se, normalmente, no âmbito de refeições. É esse o motivo por que preferimos alimentar-nos, na companhia das pessoas com quem nos sentimos à vontade e a quem nos liga certo grau de confiança. Reunir-se ao redor de uma mesa não é apenas um pretexto para matar a fome, mas faz crescer e aprofundar também a afinidade e a amizade. É esse comportamento de Jesus que perturba e irrita mais a mente dos chefes religiosos do seu tempo, pois o Mestre não revela  qualquer problema em Se sentar à mesa com todos.

E eu?

Sou capaz de eliminar os preconceitos

e de conviver e amar os pobres e os que a sociedade descarta?

Senhor, dá-me a força para ser como Tu!

12 de janeiro - 6ª feira da 1ª Semana do Tempo Comum

11-01-2024 :: ::

download1304Leia: Mc 2, 1-12 - “Ao ver a fé daquela gente…”

Quando amamos uma pessoa, fazemos por ela coisas que até podem parecer absurdas. Estou certo de que muitos pensaram  que era uma loucura abrir um espaço no teto e, a partir daí, fazer baixar uma maca, mas os que carregaram o paralítico não se pouparam  a esforços para o carregar e o instalar na frente de Jesus. A nossa preocupação em tratar  e cuidar dos outros implica também o ónus de os levar à presença d’Aquele que cura a nossa vida, que nos devolve a agilidade, afugenta o entorpecimento e dá vigor aos nossos membros e à nossa alma.

Quem é que, hoje, gostarias de desprender das suas “amarras”,

para que o Senhor o fitasse com amor?

Que pessoas necessitam de alguém que as ajude

a libertarem-se e a serem conduzidas até à presença do Deus da vida?

Recorda os seus nomes ao Senhor

e faz delas motivo de oração e de ação de graças.

11 de janeiro - 5ª feira da 1ª Semana do Tempo Comum

10-01-2024 :: ::

download1303Leia: Mc 1, 40-45 - “Quero: fica limpo.”

O sonho e o anseio são pulsões e atos que caracterizam todo o ser humano. Os desejos impulsionam a pessoa e dinamizam-na, a partir de dentro; não conhecem limites e revelam-se insaciáveis. Devem, no entanto, ser evangelizados, porque nem sempre coincidem com a vontade de Deus. Todos nós descobrimos que aquilo que desejamos profundamente não se pode alcançar facilmente e excede, por vezes, as nossas capacidades. O leproso, ao confiar que Jesus podia conceder-lhe o que ele ansiava ter, desafiou-O a fazê-lo, e pôs em prática o modelo mais genuíno de oração de petição.

Temos consciência de que Deus

deseja sempre o melhor para nós?

Então, porque não pedir-Lhe

o que Ele gosta e quer dar-nos?

10 de janeiro - 4ª feira da 1ª Semana do Tempo Comum

10-01-2024 :: ::

download1302Leia: Mc 1, 29-39 - “Jesus curou muitas pessoas…”

Mesmo sem estar doentes, podemos compreender muito bem o que sentiu a sogra de Pedro, na situação descrita pelo evangelista, embora este não aporte qualquer palavra emitida pela miraculada. Todos nós já experimentámos, uma vez ou outra, o que a febre pode provocar. Para além da doença, existem também realidades que nos afetam interiormente, que nos subjugam e tornam quase impossível levar por diante as atividades quotidianas. Do mesmo modo como procedeu com esta mulher, também Jesus nos pega pela mão e levanta, quando estamos prostrados, e nos fornece energia para continuarmos ao serviço dos que moram ao pé de nós.

Que possamos, hoje,

viver o nosso dia serenamente,

lembrando-nos, perante o Senhor,

dos que necessitam que ele lhes lance a mão,

os erga e os coloque no caminho da felicidade.

9 de janeiro - 3ª feira da 1ª Semana do Tempo Comum

08-01-2024 :: ::

download1301Leia: Mc 1, 21-28 -Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe.”

Pode parecer um pouco estranho, mas todos nós possuímos os nossos próprios demónios, aqueles espaços que resistem  a acolher Jesus e que se sentem ameaçados, sempre que ele pretende entrar na nossa vida. Temos tendência para os ocultar na cave da nossa existência, pois julgamos que não gritam, simplesmente porque não lhes prestamos atenção. Dar-lhes voz, como faz este personagem evangélico, é a única forma de permitir ao Senhor que elimine essas resistências, que os silencie com a sua autoridade e afugente os medos que, por vezes, povoam a nossa mente e o nosso coração.

Tenhamos a coragem para retirar os nossos medos

e resistências do esconderijo e mostrá-los ao Senhor,

para que possa eliminá-los!